O Prêmio Pacto Contra a Fome celebra e reconhece iniciativas que trabalham para promover a segurança alimentar e reduzir o desperdício de alimentos no Brasil , colaborando para atenuar desigualdades e desenvolver sistemas alimentares sustentáveis. Nas edições de 2023 e 2024, mais de 800 organizações se inscreveram nas categorias Promoção da Segurança Alimentar e Redução do Desperdício de Alimentos, 119 iniciativas foram finalistas e 12 foram premiadas com 100 mil reais cada e uma mentoria financeira.
Estamos contando as histórias dos 65 projetos selecionados para a segunda fase da edição de 2024 na série Aliment(ação): quem está por trás do combate à fome no Brasil. Hoje, você conhece a atuação do Instituto LUSS no Quilombo Lagoas.
Sobre a iniciativa
Desde 2019, o Instituto LUSS atua no Quilombo Lagoas, na Serra da Capivara (PI), transformando quintais de famílias quilombolas em sistemas agroflorestais produtivos, biodiversos e sustentáveis. Inspirado em ecossistemas naturais, o projeto resgata saberes ancestrais e promove o manejo agroecológico, unindo árvores frutíferas, hortaliças, plantas medicinais e nativas em um mesmo espaço — tudo sem o uso de agrotóxicos e sem queimadas.
O Instituto nasceu com o propósito de enfrentar a escassez de água no semiárido, construindo cisternas e poços artesianos para garantir o acesso à água potável. No convívio com as comunidades, veio à tona uma necessidade ainda mais profunda: o enfrentamento da insegurança alimentar. Assim, o trabalho se expandiu para promover também a produção de alimentos saudáveis e o fortalecimento da economia local.
Hoje, o Instituto LUSS desenvolve projetos transformadores em comunidades do semiárido piauiense, com foco em três eixos centrais: acesso à água, segurança alimentar e desenvolvimento econômico sustentável. Sua missão é clara: fortalecer a autonomia e a dignidade das famílias do semiárido, promovendo um futuro mais justo e resiliente. O público atendido é formado principalmente por famílias do Quilombo Lagoas, que enfrentam os impactos diretos da escassez hídrica e das mudanças climáticas.
As ações acontecem de forma contínua, com oficinas práticas, mutirões comunitários e acompanhamento técnico, sempre respeitando os ciclos da terra e a disponibilidade das famílias, em que as mulheres quilombolas têm papel central na produção de alimentos e na difusão das práticas agroflorestais. Crianças e jovens também participam das atividades, o que garante que os saberes sejam cultivados para as próximas gerações.
Resultados alcançados
Doze famílias já foram diretamente beneficiadas com a implantação de sistemas agroflorestais em seus quintais. Ao todo, mais de 60 pessoas passaram a ter acesso a uma alimentação mais diversa e nutritiva, resultado do aumento da biodiversidade alimentar — com a introdução de árvores frutíferas, hortaliças e plantas medicinais cultivadas sem o uso de agroquímicos e sem queimadas. O manejo agroecológico adotado reforça o compromisso com a sustentabilidade e com o cuidado ao meio ambiente.
Oficinas práticas, mutirões e a construção de viveiros de mudas têm mobilizado não só as famílias beneficiárias, mas também outros membros da comunidade e voluntários externos. Essas ações reforçam o engajamento coletivo e contribuem para a expansão da prática agroflorestal, que já começa a inspirar famílias vizinhas e consumidores do excedente da produção. Com isso, mais de 140 pessoas são beneficiadas indiretamente.
Além do impacto local, a iniciativa vem ganhando visibilidade e reconhecimento por meio da participação em editais e premiações, e do estabelecimento de parcerias estratégicas — como o apoio técnico da Secretaria do Meio Ambiente de São Raimundo Nonato e colaborações com outras organizações da sociedade civil.
Entre os aprendizados e próximos passos estão o planejamento da expansão para novas famílias, o fortalecimento da rede de apoio técnico e formativo, e o desenvolvimento de estratégias para melhor documentação e monitoramento dos resultados. A intenção é ampliar o alcance da iniciativa e garantir uma mensuração mais precisa do impacto gerado.
Como apoiar
Pessoas interessadas em apoiar o trabalho do Instituto LUSS e da iniciativa Quintais Agroflorestais podem ajudar de diversas formas:
1. Faça uma doação
As contribuições financeiras são essenciais para a ampliação dos quintais agroflorestais e a realização de oficinas para as famílias beneficiadas. Você pode doar qualquer valor através do PIX:
CNPJ/PIX: 34.443.678/0001-60
Conta Bancária: Banco do Brasil (001) | Agência 1740-X | Conta Corrente: 28.862-4
2. Seja um voluntário
Se você quer colocar a mão na massa e viver uma experiência transformadora, pode se inscrever para os mutirões de voluntariado no semiárido piauiense. Durante as imersões, os voluntários participam da implantação dos sistemas agroflorestais e outras atividades comunitárias.
3. Apoie a expansão da agrofloresta
Você pode ajudar na doação de mudas frutíferas e nativas, ferramentas agrícolas ou até mesmo apoiando a logística para levar insumos até as comunidades. Empresas e organizações interessadas em parcerias também podem contribuir com materiais e capacitações técnicas.
4. Compartilhe a causa
Ajude a levar nossa mensagem adiante! Siga o @institutoluss nas redes sociais e compartilhe nossas publicações para que mais pessoas conheçam o projeto e possam contribuir.
5. Conecte-se com o Instituto LUSS
Se você tem uma habilidade ou serviço que pode contribuir com a iniciativa (fotografia, marketing, gestão de projetos, captação de recursos, entre outros), entre em contato para encontrar formas de colaboração.
Site: www.doeluss.org.br, e-mail: [email protected]
